Às vésperas da Romaria de Finados, Cemitério do Socorro ainda sofre com animais abandonados

Há menos de dois dias para a abertura oficial da Romaria de Finados, a maior do ano em Juazeiro do Norte, o Cemitério do Socorro ainda sofre com o recorrente problema da superpopulação de gatos abandonados no local. Apesar de serem assistidos desde o ano passado por uma comunidade religiosa, animais muitas vezes doentes são abandonados pelos donos, preocupando os visitantes. Administrador do cemitério há 13 anos, Raimundo Mailson de Sousa conta que este e um problema crônico e antigo. Ele conta que o trabalha da Comunidade Bástel, que atua na proteção dos bichanos, "atrapalha muito, pois não nos permite encaminhar os animais para o Centro de Zoonozes". Mailson relata ainda que há dois anos recolheu 40 animais de uma só vez e os levou ao local, administrado pela prefeitura. A vereadora Jaqueline Gouveia, defensora e militante da causa animal em Juazeiro, conta que as principais causadoras do problema são as pessoas que durante décadas acostumaram a abandonar animais no cemitério, "mesmo os que não estão doentes, os donos os abandonam", conta a parlamentar. Jaqueline destaca que é preciso articular com urgência um programa de castração no município para diminuir a reprodução do animais e, por consequência, frear a quantidade de bichos abandonados. "É um problema de saúde pública que não pode ser ignorado", destaca. Há um projeto de autoria da vereadora que visa a construção de um abrigo comunitário na cidade, que ainda tramita na câmara. Por Felipe Azevedo/Agência Miséria