Caso de abordagem em Juazeiro abre a reflexão sobre novo porte de arma

O assunto da semana em Juazeiro do Norte girou em torno de uma suposta abordagem excessiva por parte do departamento Municipal de Trânsito a um jovem de 17 anos que, ainda de acordo com o DEMUTRAN, conduzia o veiculo da família e coleciona uma série de irregularidades. De um lado, o órgão acusa o rapaz de agressão; da mesma maneira, a família do adolescente se diz revoltada com os hematomas no rosto do filho. Quem está certo? Essa questão, porém, ainda está longe de ser efetivamente elucidada. Uma série de investigações deverão ser feitas já a partir de segunda-feira para que os verdadeiros "culpados" sejam eleitos. Mas o que se deve refletir, portanto, são as mudanças previstas no modo como será equipado os agentes de trânsito em todo o Brasil. Recentemente o Senado Federal aprovou uma lei que permite que agentes portem armas de fogo. É sintomático o caso de Juazeiro, cujo índice de veículos irregulares e o número de condutores inaptos a conduzir ainda é preocupante. O último acontecimento, que esteve de forma massiva sendo tratado principalmente nas rádios durante a semana, acende um alerta sobre a preparação psicológica destes agentes, e força a reflexão de qual teria sido o desfecho, caso alguma das partes estivesse armada no momento da suposta confusão. Apesar do crescimento exponencial, Juazeiro do Norte ainda apresenta um tipo de pensamento provinciano, de cidade pequena. É preciso romper com a ideia de que ter dinheiro significa ter razão e de que a farda não nos torna imune ao erro. Cautela, profissionalismo e respeito, no entanto, são conceitos ainda pouco conhecidos. Por Felipe Azevedo/ Agência Miséria